Nas montanhas de Secretário, na Serra Fluminense, o Ator Ricardo Tozzi idealizou uma casa de pedra e madeira, cujos detalhes cuidou um por um, como filho. Ali, garante, encontrou paz e seu lugar no mundo.
Há cinco anos, o ator Ricardo Tozzi percebeu que precisava mudar da antiga cobertura onde morava na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e buscar algo menor e mais simples. “Sou paulista e nunca fui muito de praia. Gosto mesmo de mato e de arquitetura”, ri. Foi quando decidiu que teria na cidade um pequeno apartamento para poder investir em um sonho antigo: ser dono de uma casa de campo, com horizonte, piscina, jardim e paz de espírito.
Os fins de semana, então, se tornaram necessários para as idas e vindas aos arredores de Itaipava, na Serra Fluminense, à procura de algo que preenchesse suas exigências – poucos vizinhos, vista aberta e implantação discreta no terreno eram algumas delas. “Desde cedo, aprendi a desenvolver um olhar crítico para o universo artístico. Sou sobrinho da designer Etel Carmona, o valor estético está no sangue”, diz. “Queria algo inspirado no visual dos castelos europeus, com fachada de pedra, sólida e aconchegante, mas, ao mesmo tempo, com traço limpo e contemporâneo.” A saga para encontrar a propriedade perfeita foi longa. Ricardo percorreu várias cidadezinhas até chegar a Secretário, um vilarejo bucólico com estradas de terra e fazendas por todos os lados.
O clima despretensioso agradou logo de cara, da feirinha de produtos orgânicos ao jeito de interior. Vários amigos já tinham propriedades por lá, e quando visitou o terreno de 40 mil m², em um condomínio voltado para a encosta da montanha Maria Comprida, logo percebeu que, enfim, tinha achado o seu canto. “Pensava em comprar uma casa pronta e reformar. Mas quando vi o pôr do sol aqui não tive dúvidas. A imagem do vale ficou impressa na memória. Era esse visual que eu precisava para ser feliz”, brinca. Formado em administração e com um passado de executivo de terno e gravata – imagine! –, Ricardo não perdeu tempo. Ao fechar o negócio, convocou Flávio Assumpção, arquiteto expert na região, que foi capaz de interpretar exatamente o que o ator tinha em mente. A primeira definição foi alinhar a morada com o topo do lote, suspensa cerca de 15 m em pilares de concreto. “Sabia que assim teria a melhor vista na área social, na altura da copa das árvores, com luz natural e céu azul enquadrado nas janelas. Era importante que aestrutura se mimetizasse com a paisagem e, no interior, a natureza na janela fosse a protagonista”, resume.
Antes mesmo do projeto sair do papel, ele resolveu construir um sobradinho gostoso, para ter um pouso durante a obra. “Ficou uma graça, e hoje é disputado entre os amigos que vêm me ver.” A residência principal ficou pronta há cerca de um ano e, desde então, Ricardo ganhou uma espécie de filho, que ele cuida com total carinho. Praticamente todos os fins de semana entre as gravações de Orgulho e Paixão, novela das 6 da TV Globo, e apresentações da peça Os Guardas do Taj, ele sobe a serra para definir cada detalhe da arquitetura, do paisagismo e da decoração. O sofá de lona verde-militar do living, por exemplo, ele adquiriu na Califórnia. A mesa de refeições, por sua vez, foi feita com um tronco maciço de angelim-pedra. “Tive de esperar a árvore cair para trazer do Acre para cá. Conseguir que ela subisse a ladeira de terra batida foi o maior dos problemas”, conta. Na sua suíte, se orgulha do móvel da cama, presente da tia Etel. “Fiquei muito feliz quando ela disse que faria algo especialmente para mim. Uma honra.” Em suma, tudo ali tem história e, mais, tem alma – exatamente como Ricardo imaginou. “O legal é que nunca perdi a sensação de magia que tive na primeira vez que visitei o terreno. O encanto continua presente e essa energia me move. Faz um bem danado ter esse lugar no mundo”, arremata.
Divulgação: Helena Augusta Assessoria de Comunicação
Fotos: Fran Parente