O banco criado pelos arquitetos Antelmo e Bruno De Lazzari, foi instalado no início de dezembro durante a programação da Semana do Bom Fim
De cor vibrante e design arrojado, um banco vermelho recém instalado no Parque da Redenção tem um propósito que vai além de integrar o cenário urbano. A peça criada pelos arquitetos Antelmo e Bruno De Lazzari, foi doada pela empresa de mobiliário urbano De Lazzari para a campanha Banco Vermelho, uma iniciativa global contra o feminicídio, que nasceu na Itália em 2016 e tem se espalhado por diversos países como Estados Unidos, Espanha, Áustria, Mongólia, Austrália, Ucrania e Argentina.
No Parque da Redenção, a iniciativa foi promovida pela Semana do Bom Fim, durante a programação que aconteceu entre os dias 1 e 7 de dezembro. Símbolo de luta contra a violência de gênero, o Banco Vermelho é uma instalação que reforça a reflexão sobre o tema e também divulga os contatos de emergência da Brigada Militar, da Central de Atendimento à Mulher e da Delegacia da Mulher.
Banco Vermelho - Como surgiu
A inspiração do projeto foi a iniciativa “Zapatos Rojos”, ou “sapatos vermelhos” em português, idealizada pela arquiteta Elina Chauvet em 2009 em resposta à onda de desaparecimentos e trágicos assassinatos de mulheres na cidade de Juarez-Chihuahua, no México, durante os anos 1990.
Denise Argemi, integrante do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher e coordenadora dos Estados Gerais das Mulheres no Brasil, explica que os bancos vermelhos simbolizam um lugar vazio deixado por uma mulher vítima de feminicídio. É um convite para quem passa sentar e refletir sobre a necessidade de ouvir e apoiar as mulheres que são vítimas de violência".
div: Andressa Riquelme e Xarão
foto: Bruno De Lazzari