Lançamento será nesta quinta-feira, dia 29, no Museu de Arte do RS
Quatro artistas mulheres estão na edição 2024 do CLUBE DO COLECIONADOR CONTEMPORÂNEO, uma iniciativa da Associação dos Amigos do Museu de Arte Contemporânea do RS (AAMACRS) em prol das ações do museu. Os nomes de de Biarritzzz, Leticia Lopes, Maya Weishof e Vitória Cribb foram escolhidos pelo crítico e curador carioca Raphael Fonseca, que também está à frente da próxima Bienal do Mercosul. “Considerei interessante ter um grupo de artistas cujas trajetórias flutuam entre a experimentação com linguagens tradicionais das belas-artes e o desejo de mergulhar na utilização de softwares de computação gráfica e manipular digitalmente o vídeo e o som”, comenta Fonseca, que atua como curador de arte latino-americana no Denver Art Museum.
Segundo ele, as quatro artistas visuais são da mesma geração, nasceram em diferentes cidades brasileiras e, apesar das suas pesquisas apontarem para direções distintas, têm um diálogo quando são apresentadas em conjunto. À convite de Raphael Fonseca, as artistas criaram múltiplos que refletem sobre questões contemporâneas e aguçam a curiosidade do público, sem propor interpretações definitivas.
As obras do Clube do Colecionador Contemporâneo C3 serão apresentadas oficialmente no dia 29 de agosto (quinta-feira), a partir das 17h30min, no Macrs (6º andar da CCMQ – r. dos Andradas, 736), antes da abertura oficial da exposição “Magliani Obra Gráfica”, que será inaugurada no espaço. “Chegamos à terceira edição do C3 satisfeitos com a repercussão junto ao público e com a certeza de que nossos objetivos vêm sendo alcançados. Além de divulgar a arte contemporânea e incentivar o colecionismo, queremos engajar mais pessoas nas atividades do Museu de Arte Contemporânea do RS (Macrs) e na construção da nova sede do museu”, explica a empresária e galerista Maria Fernanda de Lima Santin, presidente da AAMACRS.
O conjunto do Clube do Colecionador Contemporâneo custa R$ 4.900,00 e está à venda em https://loja.aamacrs.com.br/clube-do-colecionador/
Saiba mais sobre as artistas e suas obras para o C3 :
BIARRITZZZ (1994), nasceu em Fortaleza, vive e trabalha em Recife, é artista transmídia antidisciplinar e investiga linguagens, códigos e mídias. Acredita na magia e na baixa resolução como contra narrativas importantes para viver a atual disputa cosmológica de realidades. Para o C3 a artista produziu a “Contramoeda n. 01”, por meio da qual traz questões como O Real é o dinheiro? O dinheiro é virtual? O que foi verdade já não o é mais. O surto é coletivo, e a ficção também. Segundo ela, kAOuS é um banco fictício e a sigla para kAPTURA oU sURTAH, nome de uma música do álbum “Eu Não Sou Afrofuturista“, de 2020. Biarritzzz tem obras no Rhizome Artbase (New Museum), KADIST Foundation e Instituto Moreira Salles e foi indicada ao Prêmio Pipa em 2023 e em 2024.
LETICIA LOPES (1988), natural de Campo Bom (RS) e vivendo em São Paulo, aposta em pinturas e desenhos para investigar estratégias visuais que oferecem percepções ambíguas, seja na realidade ou na ficção. Seu múltiplo, batizado de “Encontro”, é a versão de um desenho feito pela artista que foi impressa em fine art. A artista já foi indicada ao Prêmio Pipa e venceu o 3º Prêmio de Arte Contemporânea da Aliança Francesa, o que valeu uma residência de dois meses na Europa e uma individual em La Rochelle, França.
MAYA WEISHOF (1993) nasceu em Curitiba e vive em São Paulo, onde trabalha principalmente com pintura e desenho utilizando distorções, caricaturas e criaturas híbridas na concepção de imagens. Para o 3C ela criou “Conversa de Pássaro”, um desenho em formato circular inspirado em obras do acervo do Macrs e que que serviu de base para a criação da matriz de uma gravura de linóleo. Um detalhe: as gravuras foram impressas no Museu do Trabalho pouco antes das enchentes. Maya Weishof já participou de residências artísticas em São Paulo, Curitiba, Lisboa e Paris.
VITÓRIA CRIBB (1996), nasceu e vive no Rio de Janeiro, com interesses em novas noções de realidade e anatomia criadas pelas tecnologias digitais. Nesta perspectiva da invenção, ela brinca com a interpretação do espectador ao criar uma figura humana combinada com insetos e vegetais. Sua criação se chama “Fixing Bugs” e representa os personagens de um filme produzido por ela em 2023, que agora estão em um díptico com imagens impressas em papel e emolduradas em acrílico. A artista ganhou o prêmio Pipa em 2022 e já expôs na Bangkok Art Biennale, Denver Art Museum, Esc Medien Kunst Labor, Vellum LA, Apexart Nova Iorque e Centre d’Art Contemporain Genève.
Fonte: Mônica Kanitz
Comunicação da Associação dos Amigos do Macrs