Rio de Janeiro - Exposição BABEL (IN)FINITA de obras raras do acervo de Gilberto Schwarstmann (RS), na Academia Nacional de Medicina.

  • Cultura
  • 03/11/2023 - 15:29
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Babel InFinita – Jorge Luis Borges
Acervo do bibliófilo Gilberto Schwarstmann
Ilustrações Zoravia Bettiol
Fotos Nilton Santolin

Até 9 de novembro de 2023
Terça a sexta, 10h às 19h
Sábados e domingos, 10h às 17h

Academia Nacional de Medicina
Av. General Justo, 365 – Castelo – Rio de Janeiro/RJ
Entrada franca
Presença de monitores treinados para conduzir a visitação.

A exposição Babel (In)finita oferece ao visitante uma viagem pela história da literatura ocidental. A proposta é uma visita a uma seleção de obras do acervo de um bibliófilo, no caso, o médico oncologista e escritor gaúcho Gilberto Schwarstmann. Com o apoio de diversos órgãos de difusão do livro e da leitura, e da Academia Nacional de Medicina, ele trouxe ao Rio de Janeiro cerca de 300 obras de sua coleção, entre raridades e primeiras edições, desde os primórdios da palavra escrita – “A epopeia de Gilgamesh”, “A Bíblia Sagrada”, “Ilíada” – até tempos mais recentes, como as primeiras edições de “Em busca do tempo perdido” e “Ulisses”. Com entrada franca, a exposição tem abertura dia 31 de agosto, 20h, com coquetel oferecido pela ANM.

O percurso da mostra ocorre através dos textos – em português, inglês e espanhol – e olhares do escritor argentino Jorge Luis Borges (1899-1986), com a curadoria de Facundo Sarmiento. É Borges quem nos recebe (reprodução em tamanho natural) e nos leva através de um labirinto de espelhos e painéis hexagonais que remetem a “A biblioteca de Babel” – famoso conto do livro “Ficções” (1944), de Borges, no qual o autor sugere que o universo é uma biblioteca infindável. A artista Zoravia Bettiol fez desenhos em bico de pena, originais, para ilustrar os painéis.

Com seu estilo único de lidar com o real e o imaginário, Borges escreveu sobre a maioria dos escritores e livros da mostra: “A Divina Comédia”, “Dom Quixote”, a dramaturgia de Shakespeare, “Decameron”, passando pelas obras de Montaigne, Charles Baudelaire, Honoré de Balzac, Victor Hugo, Charles Dickens, Franz Kafka, Marcel Proust, James Joyce, entre outros. Uma ala especial é reservada para as primeiras edições dos grandes escritores brasileiros e latinos como Gabriel García Marquez, Fernando Pessoa, Eça de Queiroz, José Saramago, Machado de Assis, Guimarães Rosa e Mario de Andrade.

A curadoria de Facundo Sarmiento empresta um ar borgiano e misterioso à mostra. No final, o visitante recebe uma carta lacrada do curador com algumas informações sobre a exposição. É preciso ir até o fim para descobrir!

Luana Mayana
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