Guerreiros Perdidos de Heitor Bergamini

  • Cultura
  • 29/11/2022 - 16:56
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A arte sustentável na forma de esculturas ganha vida na GalArt a partir de sábado, 3 de dezembro. A exposição tem entrada franca e fica no espaço até o dia 31 de janeiro.

Heitor Bergamini transforma conchas e seixos em arte. Depois do sucesso da estreia, com a “Dança do Mangue”, com esculturas feitas a partir de raízes, bronze e cobre, Bergamini apresenta seu exército de Guerreiros Perdidos. A exposição “Guerreiros Perdidos”, com obras criadas a partir de materiais ressignificados da Natureza, será apresentada no sábado, 3 de dezembro, das 10h às 16h, em vernissage na GalArt – Galeria de Arte (Lucas de Oliveira, 132, em Porto Alegre). A mostra traz 26 criações inéditas e fica em cartaz até o dia 31 de janeiro de 2023. Entrada Franca.

Bergamini vê arte em todos os lugares. E recicla materiais desde a infância. Em seus passeios pelo litoral, resgatou dançarinas do mangue. E agora faz nascer “Guerreiros Perdidos” das águas. Nas esculturas do artista, seixos e conchas viram figuras imponentes quando unidas à madeira, ao cobre e ao bronze.

“Seixos são pequenos fragmentos de pedras que se desgarram de grandes maciços no decorrer dos milênios. Rolam até que a própria natureza se encarregue de dar-lhes forma e polimento”, explica. “São esculpidos pela ação dos ventos, das marés ou das correntezas impiedosas dos rios. São pacientes, seguros e permanecem calados por milhares de anos até serem transformados em textura, cada um com características únicas, origem da sua beleza”, revela o escultor em sua observação poética.

O artista conta que encontrou esses seixos durante suas andanças matinais, na beira de rios e riachos. “Eu os recolho e os transformo em corpos rijos, robustos e vigorosos. Apenas os limpo e lhes dou vida em cobre e bronze”, detalha.

As conchas que integram as esculturas são as carapaças protetoras que transformam e emolduram esses guerreiros, dando-lhes acabamento, contornos, formas, dureza, significado e respeito. Já os adornos são feitos de cobre e bronze recuperados de fios, barras e objetos antigos e ganham novas apresentações em uma composição de arte sustentável. Eles são capazes de dar brilho ao que, até então, separados e soltos, eram apenas objetos mortos.

“Os guerreiros são homens, mulheres, velhos e crianças. Eles representam cada um de nós expostos às ações do nosso tempo e de pura esperança”, sintetiza Bergamini.

Guerreiros Perdidos – Heitor Bergamini
Local: GalArt – Av. Lucas de Oliveira, 132
Abertura: 3 de dezembro, das 10h às 16h
Visitação: até 31 de janeiro de 2023
Horário: 2ª à 6ª, das 9h às 18h, e sábado, das 10h às 14h
Entrada franca

Divulgação: Tatiana Csordas
Fotos: Divulgação