Parece mas não é

  • Saúde
  • 21/09/2022 - 12:08
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O perigo dos amplificadores auditivos.

Na busca por melhorar a audição, é normal querer resolver esse problema o quanto antes e, se possível, com o menor custo. Isso é normal, porém, pessoas estão se aproveitando da falta de conhecimento do público para venderem amplificadores auditivos como se fossem aparelhos auditivos, aproveitando-se do fato de que são parecidos externamente, mas eles tem funções e aplicações completamente diferentes. A fonoaudióloga Anelise Pereira, da VivaSom Aparelhos Auditivos, nos concedeu entrevista e explicou as principais diferenças entre estes produtos, justamente para que você não acabe inocentemente prejudicando ainda mais sua audição.

Os Amplificadores
Amplificadores auditivos capturam o som por completo, amplificam tudo (aumentam o volume) e, simplificadamente falando, jogam o som aumentado em seus ouvidos. Até aqui, tudo bem, você pode pensar: “é isso que eu preciso!”. Mas siga lendo para compreender que essa é uma ideia completamente equivocada e até perigosa para sua audição.

A audição, normalmente, não desaparece por completo, de um dia para outro. Vamos perdendo “partes” do som, que chamamos de “frequências”. Para entender melhor isso, pense no som de um trovão e no som do tecido da sua roupa quando você esfrega próximo ao ouvido. O trovão tem um som grave, já o tecido provoca um som agudo. O mais comum é irmos perdendo os sons mais agudos com o tempo, e é por isso que começa a ser difícil conversar, pois começamos a não mais ouvir bem algumas consoantes como “S”, “F”, “Z”, por exemplo, justamente porque dependem de sons exclusivamente de frequências agudas. E é aqui que você vai começar a compreender por que amplificadores e aparelhos auditivos são COMPLETEMANTE diferentes.

Os Aparelhos Auditivos
Aparelhos auditivos modernos são ajustados por um fonoaudiólogo. Esse profissional trabalha de acordo com o resultado do exame de audiometria de cada pessoa. Ou seja, é feita uma leitura de quais frequências a pessoa precisa amplificar, e quais não precisa, e o aparelho auditivo amplifica exatamente aquelas frequências que você está perdendo, deixando o resto da sua audição, a parte que ainda está boa, funcionando normalmente.

E aí você pode perguntar: mas não é isso que o amplificador auditivo faz? Não, não é. O amplificador aumenta TODAS as frequências. As que você precisa e as que não precisa, e isso gera vários problemas:

1 - Ao aumentar junto as frequências que você não precisa, cria-se um som confuso, que, mesmo sendo mais alto, você ainda tem dificuldades em ouvir, pois as frequências que você ainda ouve bem estarão também muito amplificadas, dificultando a compreensão das frequências que sua audição está perdendo.
2 - Ao elevar todas as frequências, inclusive as que você não precisa, você começa a danificar sua estrutura auditiva naquelas frequências que antes estavam boas, que você não tinha dificuldade. Fazendo com que, com o tempo, você agrave e acelere sua perda auditiva em TODAS as frequências.
3 – Amplificando as frequências que antes você já ouvia bem, seu cérebro também começa a receber um estímulo forte demais nessas frequências e tende, por si só, a combater esse excesso de volume, o que pode acarretar em um quadro de Tinnitus, que é o nome técnico do “zumbido no ouvido”.
4 – Se por acaso o seu amplificador não estiver amplificando as frequências que você precisa (o que é impossível de saber, já que não são aparelhos certificados, regulamentados e controlados), seu cérebro gradualmente perderá a capacidade de interpretar os sinais auditivos nestas frequências, por falta de estímulo.

O perigo de comprar na Internet

Primeiramente, a reportagem trouxe algumas imagens mais óbvias do que é um aparelho e o que seria um amplificador. Entretanto, a fonoaudióloga Anelise explica que, atualmente, já estão fabricando amplificadores rudimentares por dentro, mas com aspecto externo de aparelhos auditivos. E o pior, muitas vezes vendendo amplificadores pelo preço de aparelhos, ou como se fossem aparelhos, e esse é o maior perigo.

Você os encontra facilmente na internet com os nomes de “Amplificador de Som Auditivo”, “Aparelho de Surdez”, “Amplificador de voz”, “Mini Amplificador de Som” e os mais desonestos anunciam mesmo como “Aparelhos Auditivos”, mas na verdade são meros amplificadores. Eles eram vendidos antigamente como “amplificador pessoal”, ou “amplificador espião” – escute o que sua vizinha diz no quarto ao lado”, o objetivo era apenas aumentar o som para uma situação específica onde alguém, com audição perfeita, queria ouvir um som muito baixo. Isso não tem nada a ver com corrigir perdas auditivas. Para comparar, seria como, ao invés de óculos, as pessoas colocassem lupas em frente aos olhos para enxergar no dia-a-dia. Imagine o resultado.

Por serem equipamentos rudimentares, os amplificadores tem valores muito baixos, você encontra alguns por R$50, já os aparelhos auditivos dificilmente custam menos de R$2.500, pois a tecnologia embarcada nestes equipamentos é gigantesca e depende de anos de constantes pesquisas. Mas as diferenças em relação aos aparelhos auditivos vão muito, mas MUITO, além do preço.
Se você ainda tem alguma dúvida, busque um otorrinolaringologista ou fonoaudiólogo de sua confiança para orientá-lo. A audição é algo importante demais para ser colocada em risco. Há pesquisas que comprovam a relação entre perda de audição e o acelerado aparecimento de doenças como Mal de Alzheimer e Depressão. O processo de reabilitação auditiva e aquisição de aparelhos auditivos é algo bastante importante e deve ser tratado com respeito. A sua saúde merece esse cuidado.

Saiba mais em: https://www.vivasom.com.br/

VIVA SOM
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Divulgação: Viva Som Aparelhos Auditivos
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