Desenvolvido como uma técnica de preservação, tem como principais características o sabor dos temperos acrescidos no preparo e a textura macia e suculenta da carne
A paixão é tanta que nos Estados Unidos ele tem até dia: 14 de janeiro. Por aqui, muitos brasileiros entraram na onda e nesta época do ano pipocam ações envolvendo o Pastrami Day. E o Colheita Butique Sazonal, localizado em Pinto Bandeira, não poderia ficar de fora. É que o chef proprietário, Giordano Tarso, é especialista em charcutaria autoral e preparou um trio de snacks que ficará disponível até o final do mês no menu do restaurante.
Do sanduíche feito com bao (um pãozinho chinês cozido a vapor) à coxinha recheada, chegando ao próprio pastrami, os amantes dessa iguaria carregada de técnica vão poder se deliciar com as novas entradinhas do menu degustação. O pastrami é geralmente feito de carne bovina, mas pode ser encontrado também nas versões porco, carneiro ou peru. Há quem adote a técnica inclusive em peixes.
Antes da existência da refrigeração, os açougueiros criavam o pastrami como forma de preservar a carne. Para fazer pastrami, eles colocavam a carne crua em salmoura. Então eles secaram parcialmente e temperaram com várias ervas e especiarias para serem defumadas e cozidas no vapor.
O preparo
O preparo é feito em algumas etapas, todas para resultar no sabor marcante e garantir a suculência da carne. Inicialmente é feito um processo de cura líquida com sal, açúcar mascavo e especiarias. Ou seja, a carne é imersa em uma solução rica em temperos que preservam o alimento, transformando o seu sabor. O resultado é uma textura macia e rosada, muito bem temperada. Esse processo pode levar de 10 a 15 dias.
A segunda fase é a da defumação. Extremamente importante, é esse processo que garante o sabor marcante. Essa técnica expõe a carne à fumaça, resultando na desidratação e superfície selada do alimento. Isso evita o desenvolvimento de micro-organismos como bactérias. Na última fase ocorre o cozimento da carne, no vapor, o que garantirá a suculência do preparo.
A origem
A criação da receita é atribuída aos imigrantes judeus romenos que foram para os EUA no fim do século 19. O açougueiro kosher de Nova York, Sussman Volk, ganha crédito por produzir o primeiro sanduíche de pastrami em 1887. Ele alegou ter obtido a receita de um amigo romeno em troca de guardar sua bagagem. Devido à popularidade de seu sanduíche, Volk converteu seu açougue em um restaurante para vender sanduíches de pastrami.
Divulgação: Tati Feldens
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