UM RESPIRO NA CASACOR SC

A arquiteta Mariana Maisonnave apresenta living afetivo e sensorial.

Foi a partir da reflexão sobre o ato vital de respirar, atualmente tão em evidência, que a arquiteta encontrou inspiração para seu ambiente na CASACOR SANTA CATARINA. Batizado de RESPIRO, o living gourmet nasceu de uma homenagem de Mariana ao seu pai, que venceu a Covid-19, e voltou a encher os pulmões de ar, após ficar em coma por alguns dias em decorrência da doença. O ambiente traduz a interpretação pessoal da arquiteta sobre o significado de “respirar”. “Estamos todos acelerados, em um mundo tão cheio de informações, que está difícil filtrar o que realmente é importante. Algumas experiências parecem vir para nos mostrar a necessidade de pausa e tomada de consciência - um “respiro” - para encontro do equilíbrio e daquilo que é essencial para nós: estar com quem amamos”, resume Mariana. Com uma linguagem contemporânea, o espaço de 52m² foi pensado para o convívio entre familiares e amigos. Um ambiente integrado, sem excessos, que propicia conforto e sensação de leveza. A profissional explica que “ao buscar o fundamental, o minimalismo se materializa na presença de peças essenciais, linhas geométricas e cores neutras, onde aconchego e frescor se encontram”. Aos visitantes da mostra Catarinense, a arquiteta planejou uma experiência sensorial completa. Para tanto foi criada uma identidade olfativa: um aroma resultante de uma mistura de óleos essenciais concebido para despertar relaxamento e ativar as vias respiratórias. A trilha sonora também foi pensada com carinho, ao longo da concepção do projeto, com uma seleção de músicas que nos traz memórias afetivas, e pode ser controlada por voz pelo sistema de automação instalado no espaço, pela empresa Smart Homes. No living, a inovação ganha forma com seus revestimentos. As grandes lastras Palissando, lançamento da Portobello, foram aplicadas de forma inédita no projeto: painéis em diferentes níveis estão sobrepostos e iluminados entre si. Nas paredes e teto, a textura Velvet, da Coral tintas, foi aplicado na cor “cinza de grife”.
O sofá, desenhado pelo escritório especialmente para o ambiente, tem assinatura da Studio Ambientes, com seu recém lançado modelo City. As mantas e almofadas, que repousam sobre ele, são da Pia Laus. A poltrona Lina, da Suíte Arquitetos, e as banquetas do Henrique Schreiber, também foram fornecidas pela Studio. Um dos principais nomes do design brasileiro, Guilherme Wentz, é o autor do cabideiro Argola e da Luminária de Piso Adobe também presentes no espaço. No espaço dedicado a gastronomia, os mobiliários planejados da Todeschini, trazem os lançamentos de cores Pecan e Douro, e seus puxadores ocultos iluminados. Como destaque, um eletrodoméstico híbrido, com função de cooktop de indução e depurador, chamado “extractor”, faz o papel de evitar ruídos visuais e sonoros no ambiente: recém-chegado ao brasil, a peça que fica totalmente embutida na bancada, faz sua estreia em uma mostra nacional. “O espaço RESPIRO traz uma interpretação das memórias afetivas da nossa infância e dos tempos de longo convívio familiar. Lembranças que se solidificam com o uso de materiais que são uma releitura de elementos vistos na antiga casa dos nossos avós, como o granilite e a palha natural, mas de forma totalmente contemporânea, leve e descomplicada”, analisa Mari. A bancada da ilha gourmet foi cuidadosamente executada pela MG Superficies, tendo como base principal o granilite italiano, SantaMargherita, na cor Arabesco Bianco, que compõe com detalhes em Corian retroliluminado. A cuba Deca Unic e os metais da linha Deca You, complementam o uso. A banqueta que acompanha é o modelo Diana, de autoria de Alex dos Santos. A mesa de jantar Affleck e cadeiras Tuane, foram fornecidas pela Moad Home, sendo os assentos assinados pela designer Daniela Ferro, com o encosto em palha natural. Sobre a mesa de jantar, no teto, está a luminária Vênus, do artista Vinicius Siega, lançada em março desse ano e apresentada pela primeira vez em uma exposição de arquitetura. “A Oliveira, árvore que escolhemos para colocar ao centro do ambiente, simboliza a perseverança, pois ela possui uma grande capacidade de recuperação: quando queimada ou cortada, ela consegue brotar novamente a partir das suas raízes. Ela é a representação da resiliência familiar, especialmente da minha mãe, que se manteve firme durante todo o processo e é uma grande guerreira, que também não pude deixar de homenagear”, finaliza.
Texto: Assessoria da arquiteta
Fotos ambiente: Lio Simas
Foto da arquiteta: Mariana Boro