Um modelo de bolsa e três pessoas envolvidas, uma jornalista de moda, uma designer e um engenheiro mecânico. A collab entre Lise Crippa, Raquel Souza e Juliano Mazute, para a marca Black Purpurin, desde o primeiro encontro do trio tem algumas diretrizes e inspirações traçadas por seus criadores: arte, arquitetura, tecnologia, minimalismo e sustentabilidade como aliados da moda.
"Nossa bolsa Geometric da collab by Lise Crippa é feita com bioplásticos biodegradáveis ou recicláveis", enfatiza Raquel. A matéria biodegradável usada foi a casca do milho/mandioca e quando enterrada em solo fértil, se decompõe em até 24 meses, lembra.
"Reciclável significa, que, futuramente, poderá ser transformada em nova matéria prima e posteriormente, uma nova bolsa, gerando a economia circular", completa Lise. Para a elaboração do conceito, e modelo da bolsa, a arte foi amparada através da obra moderna de Pieter Mondrian, pintor Simbolista com figuras geométricas e abstratas que já inspiraram alguns estilistas, como YSL.
"A arquitetura plana e reta, que resulta em dimensões do planejado encontrado em grandes cidades e bairros, também foi referência, além da tecnologia que caminha junto à contemporaneidade, assim como a união dos blocos de códigos que recebemos todos os dias, em cada ação realizada através da engenharia de software", explica Juliano.
O minimalismo foi priorizado na escolha do shape, formato e das cores, compondo um visual simples e monocromático. Já a sustentabilidade é a marca registrada da Black Purpurin, que utiliza somente materiais reciclados, sem origem animal, e impressoras 3 D para fazer suas peças.
Texto: Lise Crippa
Fotos Fabrícia Pinho
Fotos das bolsas: Divulgação