Chegada dos probióticos no intestino desperta as células de defesa e mantém o sistema imunológico ativo e mais apto a reagir frente a microrganismos causadores de doenças
Porto Alegre/RS: A crise causada pela pandemia de Coronavírus mobiliza a atenção da sociedade em diversos aspectos. Além dos desdobramentos sociais e econômicos, o principal impacto ainda é na saúde da população. Ainda que tenha um grau de letalidade baixo - três mortes a cada cem pessoas infectadas -, o risco cresce a cada dia no país. E uma das principais preocupações são as formas de se proteger ou, após uma eventual contaminação, vencer o vírus. E uma dessas alternativas são os probióticos.
Idosos, pessoas com problemas respiratórios e com doenças crônicas têm um risco maior de manifestações mais graves. Por isso, ainda que seguir as recomendações de prevenção - como evitar proximidade com pessoas que tenham infecções respiratórias agudas, lavar as mãos regularmente e usar álcool gel - seja a regra a ser seguida, os probióticos são opções auxiliares que se mostram interessantes na potencialização do sistema imunológico.
Segundo Ana Raquel Medeiros, farmacêutica e diretora da farmácia Farmatec, os probióticos são microrganismos vivos utilizados na prática clínica por seu potencial de causar efeitos benéficos à saúde. A microbiota, complexo de espécies de microrganismos que vivem no intestino humano, reúne um conjunto de funções que tem capacidade de alterar o funcionamento do corpo - para o bem ou para o mal.
Ana Raquel explica que a chegada das bactérias no intestino desperta as células de defesa e mantém o sistema imunológico ativo e mais apto a reagir frente a microrganismos causadores de doenças. “Os efeitos benéficos e mecanismos de ação são vários. Por exemplo, reduz o PH intestinal, diminui a invasão e colonização de organismos patogênicos; e a própria alteração da resposta imune do hospedeiro. Então, eles ajudam a modular o sistema imune”, explica.
Segundo Christine Chaves, farmacêutica e diretora da farmácia Farmatec, o intestino cumpre um papel importante para alcançar qualidade de vida. “A saúde intestinal também está ligada, além de modular a resposta imune, com a saúde mental. O eixo intestino-cérebro está ligado desde o desenvolvimento embrionário, desde que somos fetos a origem é a crista neural. Isso influi também na produção de neurotransmissores, como a serotonina, que é produzida em grande parte no intestino”, analisa.
Além da suplementação por intermédio dos probióticos para ganho no nível de imunidade, as formulações também podem conter outras substâncias já conhecidas por essa ação. Como explica Christine, as vitaminas, como a C; aminoácidos, como a L-lisina; oligoelementos, como o zinco; e betaglucanas, são bons exemplos de elementos que podem auxiliar nesse aumento de imunidade:
- Betaglucanas são fibras insolúveis obtidas a partir da levedura dos saccharomyces cerevisiae - sim, a mesma utilizada na produção do pão e também da cerveja. É um ativo biológico que atua como imunomodulador. A função primordial é estimular as células fagocitidicas e com isso destruir os agentes patogenicos.
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