Restabelecer a relação médico-paciente. Humanizar as consultas e as internações hospitalares. Alertar para os riscos da medicalização. Advertir sobre os excessos da indústria farmacêutica. Os diversos questionamentos feitos pelo médico André Islabão em seu primeiro livro, Entre a estatística e a medicina da alma – Ensaios não controlados do Dr. Pirro, propõem uma reflexão a respeito da saúde pública e do futuro da própria medicina. O livro será lançado no sábado, dia 19 de outubro, das 16h às 19h, na cafeteria La Croissanterie (Ramiro Barcelos, 1829 – Bom Fim – Porto Alegre/RS).
Para ilustrar metaforicamente o conteúdo abordado em sua obra, o autor buscou inspiração no significado da expressão “vitória de Pirro” e no ceticismo do filósofo Pirro de Élis, criando a figura do “Dr. Pirro”, como um pseudônimo. Em linguagem acessível observa que hoje é comum a procura de fórmulas mágicas, “pílulas salvadoras”, exames e procedimentos exagerados que podem agravar doenças e gerar efeitos colaterais irreversíveis. Critica a prática do tratamento antecipado de pacientes sadios para prevenir doenças que poderão ter no futuro e que, muitas vezes, nem chegariam a ter. É o que chama, com certa ironia, de “pré-doentes”.
Os interesses econômicos, a impessoalidade das estatísticas, novas tecnologias de informação, a telemedicina, os aplicativos e dispositivos de saúde online contribuem para aumentar o distanciamento entre médico e paciente, conforme André Islabão: “O posicionamento exposto no livro não significa negar os avanços reais da medicina moderna, mas reconhecer os excessos. É necessário mudar o rumo, reaproximar médico e paciente e tornar essa relação mais humana, confiando menos na estatística e mais na medicina da alma.”
Sobre o autor
André Islabão nasceu em Pelotas/RS, no dia 29 de setembro de 1971. É formado em Medicina pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Reside desde 1992 em Porto Alegre/RS, onde trabalha. É “médico, mas também pai, músico, tradutor, compositor, artista e escritor” – como se define. Decidido a tentar reduzir o abismo crescente entre a medicina moderna e a visão mais holística do ser humano, acredita que a saúde da alma é tão importante quanto a do corpo. Pensando nisso começou a escrever livros, compartilhando suas ideias. Juntou o piano a suas ferramentas terapêuticas e passou a levar um pouco de alegria em forma de música a algumas casas geriátricas da cidade.
Divulgação: Adriano Frauches - Insider2
Foto: Val Borck