IECAM celebra o “Dia e Mês” dos Povos Indígenas no Brique da Redenção em 21/04

IECAM desenvolve ações com a etnia Guarani desde a década de 90 e inicia a 4ª fase do Projeto Ar, Água e Terra visando a gestão sustentável dos territórios indígenas



O Instituto de Estudos Culturais e Ambientais (IECAM) comemora o “Dia dos Povos Indígenas” (19/04) no Brique da Redenção, em Porto Alegre, 21 de abril (domingo, das 9h às 18h). A iniciativa faz parte do Projeto Ar, Água e Terra desenvolvido em dez aldeias Guarani do Rio Grande do Sul com o patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental.

O Projeto abrange mais de três mil hectares nos biomas Pampa e Mata Atlântica, em aldeias situadas em dez municípios do Rio Grande do Sul (RS), localizadas nas regiões metropolitana, central e no litoral norte ao sul do estado. As ações são cuidadosamente planejadas considerando as necessidades sociais e características ambientais de cada aldeia, focando em segurança alimentar, expansão da cobertura vegetal e gestão sustentável dos territórios indígenas. São realizadas atividades como coleta, intercâmbio e cultivo de sementes e mudas entre as aldeias, viveirismo, etnomapeamento, educação etnoambiental, reconversão produtiva, além da recuperação e conservação da biodiversidade.

Para valorizar a bela cultura e arte Guarani e compartilhar com o público as atividades e resultados alcançados no Projeto Ar, Água e Terra, a equipe do IECAM estará localizada em um gazebo próximo ao Monumento ao Expedicionário, no Parque da Redenção/BRIQUE, em Porto Alegre. Haverá distribuição de brindes e materiais de divulgação e exposição de peças artesanais produzidas pelos Guarani. Em 2024, o Projeto envolve mais de 300 indígenas e uma equipe multidisciplinar de não indígenas, e inicia sua quarta fase.



Junto ao resgate e revitalização de saberes e práticas tradicionais Guarani, o trabalho contempla a recuperação de áreas degradadas, a melhoria da fertilidade do solo e a produção de alimentos, incluindo o uso de técnicas como a adubação verde[1], agroflorestas, quintais agroflorestais, e o intercâmbio de sementes da roça tradicional indígena, no sentido de contribuir para a segurança alimentar e a autonomia desses povos.



Atualmente, os Guarani constituem a maioria da população indígena do litoral sul e sudeste do País, vivendo em cerca de cem aldeias situadas junto a Mata Atlântica, no Mato Grosso, Amazônia e entre os estados do Rio Grande do Sul (RS) e Espírito Santo. No RS a situação fundiária atual é de 48 terras indígenas, sendo 21 destas terras Guarani (FUNAI, 2019).





RESULTADOS ALCANÇADOS ATÉ O INÍCIO DA 4ª FASE DO PROJETO AR, ÁGUA E TERRA

- Conservação de mais de 3 mil hectares dos biomas Pampa e Mata Atlântica;

- Cultivo de mais de 20 mil mudas nos viveiros e estufas;

- Plantio de mais 30 mil mudas de mais de 100 espécies nativas da região sul do Brasil;

- Redução da emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) de 7.665,8 tCO2-e associadas à área de recuperação e proteção/conservação ambiental;

- Mais de 150 atividades, como oficinas, reuniões, encontros etc.;

- Cadastro de participantes indígenas com a sistematização de dados;

- Etnomapeamento e mapeamento – produção de etnomapas e mapas de uso da terra.

Fonte Ana Paula Dixon
Fotos: João Mattos e Divulgação IECAM