A criatividade rompe barreiras a partir da interação do homem com IA. Do processo criativo ao desfile de moda virtual criada do zero, usando apenas IA (inteligência artificial), com tecidos inteligentes, maquinários de última geração para uma produção sustentável a robôs dando boas-vindas aos espectadores. Este tema foi amplamente explorado nas últimas semanas de moda.
Os desfiles virtuais ganharam os holofotes a partir da pandemia. A inteligência artificial (IA) vem transformando o mundo da moda, mas, mesmo com toda essa rápida expansão tecnológica, nunca será capaz de substituir a “criatividade original” dos designers. Segundo o diretor, Calvin Wong, CEO responsável, o intuito do software é ser uma ferramenta de apoio para os estilistas do Interactive Fashion Design Assistant (AiDA) - o primeiro sistema de IA liderado por designers do mundo. Ele usa tecnologia de reconhecimento de imagem para acelerar o tempo que um projeto leva para ir do primeiro esboço à passarela. O sistema é capaz de produzir cerca de uma dúzia de novas peças em 10 segundos, o que pouparia muito o tempo dos designers. Wong é professor de moda e dirige o Laboratório de Inteligência Artificial para Design (AidLab) da Universidade Politécnica de Hong Kong, onde foi desenvolvido o programa em parceria entre alunos e futuros doutores formados pela AiDLab em colaboração com o British Royal College of Art (RCA).
O Ator Lee Min foi quem protagonizou a abertura do desfile de Hugo Boss
O Ator Lee Min foi quem protagonizou a abertura do desfile de Hugo Boss
“Os designers têm suas estampas, padrões, tons de cores, esboços iniciais e carregam as imagens”, disse Wong. “Então, nosso sistema de IA pode reconhecer esses elementos de design e apresentar novas propostas para eles refinarem e modificarem seu design original”, afirma. Mas, à medida que a tecnologia evolui, também evolui a gama de ferramentas altamente especializadas que estão sendo desenvolvidas. Outro projeto é o Neo Couture, que visa utilizar tecnologias avançadas para preservar digitalmente as técnicas e expertise dos costureiros. A chamada personalização já é utilizada para melhorar a experiência do cliente com melhores recomendações de produtos e buscas mais eficientes, ajudando os compradores a encontrarem o que desejam com rapidez e facilidade.
A EXEMPLO DISSO, ALGUMAS MARCAS, COMO A HUGO BOSS E DIOR, SOUBERAM EXPLORAR MUITO BEM ESSA TENDÊNCIA.
Marco Falcioni, vice-presidente sênior de direção criativa da Hugo Boss, tem se tornado sinônimo de desfiles inovadores que mantêm os espectadores maravilhados. Com uma vitrine técnica tirada do futuro, o cenário do show foi intitulado Boss Techtopia, inspirado em um local de trabalho “do futuro”, que combinou tecnologias revolucionárias, com a robótica e espaços verdes inusitados. O desfile foi realizado dentro do prédio giratório da MiCo Milano (Milan Convention Center), o que já ilustra bem essa perspectiva visual.