Neste ano, assim como tem sido desde os primórdios da humanidade, o Luxo continua guiando e influenciando enormemente o comportamento humano. E você pode se perguntar o porquê. A resposta é simples. O mercado do Luxo continua apostando nos seus princípios, ou melhor dizendo nos seus pilares de sustentação. A criatividade. A inovação e a qualidade total. O Luxo cria não só produtos. Cria comportamentos, levanta bandeiras, é disruptor e serve como passaporte para representação de personalidades que de outra forma estariam incógnitas perante à sociedade. Por ele poder assumir diversas formas, se apresenta por vezes como uma espécie de recompensa, outras vezes como identidade, ou ainda como simples forma de pertencimento. O Luxo está cada vez mais democrático e, por permitir que as pessoas expressem seu verdadeiro interior, ganha cada vez mais adeptos. Os brasileiros também aprenderam em 2018 a apreciar mais as diversas formas de Luxo. O Luxo das experiências, que cada vez mais ganha seguidores. O Luxo da simplicidade, o Luxo da criatividade e da sustentabilidade. Somos já consumidores do Luxo, maduros e com personalidade própria.
O Luxo inova – mas esta inovação nem sempre abandona a criação original – e a capacidade de se transformar e ser capaz de apresentar uma nova versão de si mesmo é altamente inspiradora para as pessoas. Por isso, o Luxo fascina e se perpetua. Lições que podem ser aplicadas por qualquer empresa que pretenda permanecer no mercado por longo tempo. O Luxo presta atenção nas pessoas, pois entende que as empresas são feitas de pessoas, que os consumidores são pessoas e que, portanto, se não entender de pessoas estará fadado ao fracasso.
O Luxo decifra as gerações e leva em consideração, detalhadamente, seus hábitos de consumo, suas preferências e principalmente seus anseios, respondendo a eles sem medo, com muita ousadia e espírito de libertação. Vejam o exemplo Gucci. Sucesso absoluto e um novo jeito de vestir e consequentemente de viver. Colorido e alegre. Original e extravagante na medida em que o cliente desejar. Tudo isso sem nunca abrir mão da qualidade total, da busca pela perfeição e atenção aos detalhes. O Luxo não faz por fazer: tudo é pensado e valorizado e para isso usa a linguagem dos sentimentos, que fala muito mais ao coração do que aos olhos.
O ano de 2018 também viu as empresas do Luxo lutarem na busca de estratégias para levar os consumidores de volta às lojas. A praticidade e a comodidade das compras pela internet foi o principal concorrente das grandes flagships, que cada vez mais se transformam em espaços de convivência e interação do que lojas propriamente ditas. Lojas reúnem, além de produtos, cafés, restaurantes, espaços para exposição de arte, cinema, cursos, etc. Fazer a compra deixou de ser o motivo principal para frequentar lojas, sem falar na possibilidade de networking que estes espaços oferecem.
A grande tendência que marcou 2018 foi a de abandonar definitivamente o consumo excessivo e priorizar as compras conscientes de acordo com o estilo próprio, o que levou milhares de consumidores a repensar seus guarda-roupas e colocar seus produtos de grife à venda em lojas de second-hand. O fenômeno dos brechós de grife chegou com força total aos Estados Unidos e Europa e, sem dúvida, também ao Brasil. Os consumidores tradicionais do Luxo perderam completamente o constrangimento de entrar num brechó à procura daquele objeto que, pela tradicional escassez e raridade do mercado do Luxo, existia em poucas unidades. Já se discute nos seminários do Luxo na Europa e Estados Unidos estratégias de marketing, estatísticas e comportamento do mercado second-hand. Existem lojas second-hand especificas para público masculino, feminino e até infantil, aliás um dos que mais cresce, pois a garotada cresce rápido e o tempo de utilização daquele fofíssimo míni trenchcoat Burberry permite ser desfilado por minicelebridades anônimas que existem em outros lares.
Ainda sobre 2018, a dança das grifes não parou. O grupo americano Michael Kors, forte pretendente a conglomerado para fazer frente aos poderosíssimos Kering, LVMH e Richemont, comprou a Versace e tem sérias intenções de fazer parte do seleto grupo de marcas de alto Luxo. Ha pouco tempo comprou também a Jimmy Choo, dos belíssimos sapatos. Certamente 2019 trará novidades.
Apesar do consumo de Luxo estar migrando cada vez mais para o Oriente, onde deve representar 40% de todas as vendas até 2024, o Brasil seguirá modestamente crescendo no setor, principalmente nos setores de gastronomia, hospitalidade, arquitetura e decoração, artigos de Luxo prioritários para os brasileiros. Além disso, o brasileiro é especialista no conceito mix and match, que deverá continuar crescendo e ser extremamente bem aceito no mercado do Luxo, principalmente no Luxury Casual Wear.
A Onne & Only continua atenta aos movimentos do mercado do Luxo e, se você gostou da leitura, siga-nos no instagram @revistaonne ou em nosso portal revistaonne.com.br para muito mais informações e superdicas para seu negócio.